Perto de duas dezenas de turistas aceitaram o desafio do Município de Azambuja e a Associação “Vila Museu do Vinho” para um dia muito especial, em plena vindima 2012. O dia 15 de Setembro vai, certamente, ficar na memória dos participantes nesta iniciativa que lhes proporcionou um contacto directo com o mundo do vinho, em ambiente natural e com algumas das melhores tradições ribatejanas. A actividade decorreu nas instalações de um dos produtores membros do projecto “Aveiras de Cima: Vila Museu do Vinho”.

Oriundos de Lisboa, Cascais, Queluz, Chamusca, Peniche, Alcobaça e Aveiro – alguns deles emigrantes nos Estados Unidos da América – os turistas, após receberem o kit “tesoura, chapéu e balde”, puseram mãos à obra na vindima, o que para a maioria constituiu uma estreia absoluta. Uma vez colhidas da vinha, as uvas foram transportadas para o lagar onde, aqueles que quiseram puderam experimentar pelo próprio pé a pisa tal como era realizada antigamente, criando um dos momentos mais descontraídos da actividade. Ao longo de todas as tarefas, o diálogo com o produtor foi uma constante, proporcionando a todos a recolha de conhecimentos sobre a vinha e o processo de vinificação. O mesmo aconteceu no período da tarde, com uma visita guiada à adega e uma prova de vinho conduzida, para ajudar os menos entendidos a identificar possíveis defeitos mas, sobretudo, a apreciar todas as virtudes de um bom vinho.

Pelo meio da jornada vitivinícola, fica o almoço típico incluído na experiência. Típico pelo prato – o “torricado” com bacalhau assado, tradicional em Azambuja – e, também, típico pelo modo de confecção – “faça o seu próprio “torricado”. À volta do assador, primeiro, e da mesa, depois, viveram-se os momentos de maior confraternização do dia. Todos torraram o seu pão e aprenderam os truques da aplicação do sal, do azeite e do alho que vão preservando esta tradição gastronómica nascida na lezíria do Tejo, pela mão de trabalhadores agrícolas e campinos.

Na hora da despedida, a satisfação e a boa disposição entre o grupo eram a nota dominante. Para mais tarde recordar, cada participante recebeu uma garrafa de tinto “VMV” e levou, certamente, uma mão cheia de recordações de um dia bem passado na vindima na “Vila Museu do Vinho”.