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Artéria – Programa de Artes ao Vivo promove serão "Fado Amado" em Vila Nova da Rainha

Sexta-feira, dia 30 de setembro, pelas 22h00 em Vila Nova da Rainha.

O Município de Azambuja volta a trazer às freguesias do concelho o programa de Artes ao Vivo - Artéria, que está a decorrer até outubro de 2022.

No dia 30 de setembro, sexta-feira, a Artéria chegará a Vila Nova da Rainha, com um espetáculo intitulado "Fado Amado", a realizar na Rua Manuel Joaquim Alves Dinis (frente à Junta de Freguesia).

Em perspetiva, um belo serão de fado com a participação dos fadistas de Azambuja Sónia Gomes, Zé Miguel e Luís Sombreireiro, assim como de Ana Paula Santos, fadista convidada. Estas vozes serão acompanhadas por Nuno Ezequiel, na guitarra portuguesa, e por Pedro Barrocas, na viola.

Do fado, pode dizer-se que é tradição nacional de origem Lisboeta, que percorreu vielas e bairros e foi de mal afamado a património nacional. Todos já o cantaram, e se as classes desprivilegiadas lhe deram o timbre da tristeza da origem, os marialvas e burgueses deram-lhe a sua capa tornando-o mais formal e com poemas de melhor construção semântica .

De pedinte a distinto, de difamado a amado, o fado hoje é a canção nacional que o português não se cansa de distinguir pela forma única como canta a saudade. Aqui tão perto de Lisboa, a vila de velhinhas tradições, Azambuja e a respetiva faixa ribatejana onde está integrada, por ser vizinha acessível, recebeu e recebe sempre influências da capital e o fado aqui teve expressão imediata logo após o seu aparecimento. Está inclusivamente entrelaçado no folclore local onde as cantigas ao mote, à desgarrada eram prática comum nas tabernas e nos bailaricos. De cantado até dançado com o Fado da Borda d'Água, emanando aquela tristeza própria que o povo português gosta de cantar, conseguiu o Ribatejano dar-lhe a sua vivacidade. O Fado Ribatejano tem alusão aos campos da lezíria, aos trabalhos rurais, aos cavalos, aos toiros, à tauromaquia e tem um andamento e uma construção mais alegre, embora com um fio nostálgico,  que se distingue dos mais tristes fados da tradição nacional. Azambuja desde os anos 60 da década passada  tem tido sempre fadistas amadores que o cantam, existindo já um pequeno acervo onde os poetas que escrevem ficam plasmados pelas vozes fadistas de Azambuja que o cantam.

É por isso Azambuja a par de Vila Franca de Xira a região onde existem muitos fadistas, vários, autores e instrumentistas que se deslocam para outras regiões limítrofes e mais longínquas do país, para mostrar a sua arte e para cantar os fados que Azambuja tem. Assim será neste espetáculo onde o fado amado terá presente os conhecidos temas nacionais e outros conhecidos do grande público.

Por sua vez, com o programa “Artéria” – Artes ao Vivo, o Município de Azambuja tem como objetivo promover a Arte, de uma forma geral, um pouco por todo o concelho, através de uma programação diversificada, onde se poderá apreciar música, teatro, dança, literatura e fotografia. A autarquia dá, assim, continuidade à dinamização cultural do espaço público, trazendo esta nova artéria, dando itinerância às artes e respondendo a novos anseios, conservando projetos consolidados e divulgando novas propostas de talentos culturais.

Todas as iniciativas desta programação são de entrada gratuita. Não se efetuam reservas para estes eventos e o público ocupará os lugares disponíveis, por ordem de chegada.

Devido à realização do espetáculo, o Município de Azambuja informa que será necessário proceder ao corte do trânsito e de estacionamento automóvel na Rua Manuel Joaquim Alves Dinis, em Vila Nova da Rainha, no dia 30 de setembro, entre as 08h00 e as 24h00.