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Vala Real

Azambuja

É um extenso canal que liga a vila de Azambuja ao Rio Tejo. É navegável numa extensão de 17 quilómetros, outrora por barcos de 30/35 toneladas (fragatas e barcos varinos), que procediam ao escoamento dos produtos da região, hoje somente por pequenas embarcações. Esta rede de canais foi construída por uma empresa de nome, Companhia dos Canais de Azambuja. Através de um despacho de Estado datado de 30 de Julho de 1839 e de outro de 1 de Maio de 1843, a Companhia era obrigada a construir um edifício para albergar as pessoas. Ficou diligenciado que a Vala se tornasse navegável em todas as estações do ano, desde a Foz do Canal, até à Ponte da Asseca, com uma carreira diária para passageiros, utilizando barcos a vapor ou puxados por bestas. Através de uma lei, datada de 30 de Novembro de 1844, o Estado confirmou a cedência à dita Companhia da propriedade da Vala Real de Azambuja com as respectivas águas e margens por um período de 40 anos. Em contrato de 19 de Julho de 1852, ficou estipulado que a Companhia dos Barcos a Vapor ficaria com a exclusividade da navegação por 15 anos. Por esta altura, teriam anualmente navegado por estas águas do canal: 3000 barcos que transportariam 16.000 toneladas de carga e 18.000 viajantes.

Este teria sido o período áureo da estalagem e dos respectivos canais, que culminaria com a construção do Caminho de Ferro do Norte, iniciativa incrementada pelo Governo Regenerador de Fontes de Pereira de Melo, que mais uma vez pretendia aproximar Portugal à restante Europa já industrializada. Toda esta conjuntura, levou à promulgação do decreto de lei de 30 de Julho de 1857, que dispensava os serviços prestados pela Companhia dos Canais de Azambuja.  

Hoje, assume um papel diferenciador constituindo um recurso natural de excelência, dinamizado com a Rota dos Mouchões passeio fluvial, numa embarcação típica, promovido pelo Município.

 

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