Saltar para o conteúdo principal

Alcoentre

Património Religioso na Freguesia de Alcoentre


Instituição paroquial que a par de S. Pedro de Tagarro está documentada desde o século XII, a “nova” Matriz de Nossa Senhora da Purificação de Alcoentre começou a ser erigida no século XVI e só foi concluída no século XX, no lugar onde estava o arcaz tumular do 1.º Senhor de Alcoentre, desde o século XIV. Desanexada por D. Dinis do Padroado Real no século XIV, para doar a jurisdição integral da vila de Alcoentre a seu filho natural D. Afonso Sanches e a sua mulher D. Teresa Martins, estes concedem em testamento o direito de Padroado ao mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde. Escolheu D. Afonso Sanches, também Senhor de Albuquerque, a igreja do seu Senhorio de Alcoentre, para sepultura, secundarizada nas primeiras décadas de 1300, pela benemerência de Afonso Anes, cavaleiro de Alenquer, que à sua custa erigiu a que é hoje denominada de igreja “velha”.

Seguindo o imaginário popular, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Purificação de Alcoentre, identificada como “igreja nova”, poderia merecer o adjetivo de “obra de Santa Engrácia”, pelo tempo que durou a sua edificação. Foi iniciada por iniciativa das Clarissas de Vila do Conde, por volta de 1530 e só foi concluída e consagrada em 1953.

É de uma só nave, cantonada por capelas, sendo as de topo e a lateral direita junto à entrada altares laterais e batistério a da esquerda. Obra de arte única no concelho de Azambuja é o imponente retábulo-mor, em pedra lavrada, numa contida profusão escultural compósita e de cromia pétrea diferenciada. O acesso ao templo é em escadaria que se desenvolve em toda a extensão da fachada, delimitada nos cunhais por pilastras encimadas por pináculos e remate em frontão triangular e torre sineira.

A dialética do tempo e a necessidade espiritual das comunidades das aldeias e lugares de Alcoentre fizeram edificar em meados do século XX a capela de Nossa Senhora de Fátima nos Casais das Boiças, a capela de Santo António das Quebradas remonta aos primeiros anos do século XVII, por recomendação do visitador do arcebispado e, pela sua especificidade, a capela do Divino Salvador do Mundo, servindo as localidades da Espinheira e S. Salvador.

 

voltar ao topo
Deny from all