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Aveiras de Baixo

Património Religioso na Freguesia de Aveiras de Baixo


Para a Vila de Aveiras entrar, no dote da infanta D. Sancha, elevada aos altares por bula do Papa Clemente XI em 1705, como Santa Sancha de Portugal, filha predileta de D. Sancho I, abrir-se a contenda e guerra cortesã de D. Afonso II com as irmãs, Sancha, Teresa e Mafalda, sobre bens e terras que o pai lhes concedera. 

Acordados e contratualizados com D. Afonso II as jurisdições das terras e os bens temporais doados por D. Sancho I às filhas, as jurisdições eclesiásticas permaneceram indefinidas e desreguladas até D. Afonso III. 

Dadas as querelas da Coroa com Roma e o Clero, no último quartel do século XIII, o rei “Bolonhês” optou pela doação da jurisdição eclesiástica das igrejas de Santa Maria de Aveiras, à Ordem Religioso-Militar dos Cavaleiros de Santiago da Espada, em vez da sua integração no Padroado. Por composição interna dos Espatários, a jurisdição e padroado passaram a ser prerrogativa do recolhimento feminino do mosteiro de Santos, da mesma Ordem de Santiago.

Por ter aumentado o número de fregueses, a elas se deve a ampliação do templo em finais do século XVI, dando-lhe a feição espacial atual.

Orientada a Poente é de uma só nave e capela mor diferenciada por arco triunfal de volta perfeita. De agradável cromia e plástica, a coroa floral sustida por esculturais figuras angelicais, remetendo diretamente para a iconografia Mariana, dado a Padroeira ser a Senhora do Rosário.

A fachada é modelada pela cobertura a duas águas, com portal principal em verga reta, com escudete da Ordem de Santiago e torre sineira adossada.

No território paroquial foi erigida no último quartel do século XX a capela de S. João Batista em Casais da Lagoa e remonta aos primórdios do século XV a igreja do mosteiro de Santa Maria das Virtudes. Foi a “Fátima” portuguesa da Idade Média. Em estilo gótico mendicante, foi o primeiro centro de devoção e peregrinação do mundo português medieval e moderno, assinalando o início da expansão e dos descobrimentos. Hoje, Centro de Divulgação do Património Sagrado e Religioso do Concelho de Azambuja.

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