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Manique do Intendente

Património Religioso da União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa.


Quando nos finais do século XVIII S. Pedro de Manique do Intendente sucedeu e continuou a medieval S. Pedro de Arrifana, ergueu-se o monumental e único exemplar de igreja-palácio de mecenato particular a ombrear com Mafra e também único em estilo neoclássico.

Hoje verdadeiro lugar de “memória”, documentado desde finais do século XIII, a paroquial de S. Pedro de Arrifana, aparece nas Inquirições de D. Dinis plenamente cimentada em torno da Matriz e sob a proteção do Príncipe dos Apóstolos.

Situada na planura formada por duas ribeiras, de inusitada localização erma, Rico Lugar que somente tinha por companhia o “passal”, mas equidistante dos lugares urbanos ou povoados principais. Foi taxada nesse tempo para Bula de Cruzada em 400 libras, somente superada pelas 470 libras de Santa Maria de Azambuja.

Quase feudo fundiário dos Templários e depois da Ordem de Cristo, o termo tinha no povoamento disperso-aglomerado a repartição dos fregueses por lugares e consequente disseminação dos espaços sagrados de proximidade para cada comunidade - S. Miguel em Alcoentrinho, Santa Clara na Arrifana, a Maçussa com a capela de Santo António e a ermida de Santo Antão em Vila Nova de S. Pedro, todas administradas e zeladas pelo povo. A estes juntou-se-lhe no século XX, Santo António no Casal d’Além.

É Imóvel de Interesse Público, o principal monumento saído do investimento do Intendente Diogo Inácio de Pina Manique, quando D. Maria lhe concedeu o Senhorio, o Concelho e o Padroado sobre o território de S. Pedro de Arrifana, sob a designação de S. Pedro de Manique do Intendente, nascia a monumental arquitetura residencial neoclássica de igreja-palácio de 2 pisos, separados por friso que formam vários corpos, correspondendo à igreja o central, à qual se acede por cuidada escadaria de acesso à galilé de 3 arcos de volta perfeita, ladeada por pilastras avançadas que suportam balaustrada das varandas do 2.º piso, onde se abrem 3 portadas sobrepujadas de frontão triangular. Remate em frontão de meia-lua e obelisco piramidal no topo.

O interior é de uma só nave, com teto em abóbada de berço, revestida de mármores polícromos, com portas e janelas encimadas por frontões triangulares ou curvos e frontão interrompido com grande óculo sobre porta central. Arco de volta perfeita diferencia a capela-mor, com pintura temática do Príncipe dos Apóstolos, a fresco e marmoreados prolicromos.

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