Entre os dias 12 e 14 de Abril, Aveiras de Cima voltou a receber de braços abertos milhares de visitantes para mais uma Avinho – Festa do Vinho e das Adegas. A 9ª edição do evento reeditou o êxito dos anos anteriores, este ano com o bom tempo a dar uma ajuda. A iniciativa é uma organização , em parceria, da Câmara Municipal de Azambuja, da Junta de Freguesia de Aveiras de Cima e da Associação Vila Museu do Vinho, esta composta pelos vitivinicultores aderentes ao projeto.

O brio no arranjo das adegas, a hospitalidade e simpatia dos produtores e o convívio generalizado foram, uma vez mais, as notas dominantes. A inauguração, na tarde de 6ªfeira, voltou a ser bem “aconchegada” com a tradicional oferta de febras assadas e pão caseiro, aliás, companhias indispensáveis à prova do vinho nas 15 adegas integradas no circuito urbano do certame. Em complemento, encontravam-se, ainda, barraquinhas com petiscos e doces.

Em termos de animação musical, os grandes concertos com grupos naturais de Aveiras de Cima transformaram o Largo da República num autêntico salão de baile, na 6ªfeira ao som dos jovens “Brothers of Music”, e no sábado com algumas memórias e o traquejo dos “GDC”. Além dos espetáculos, ao longo dos três dias a música não deixou de ir ao encontro das adegas e dos visitantes em cada canto da festa. Momentos divertidos com os grupo itinerantes Tintus Brass Band, Banda às Riscas, Cavaquinhos do Rancho de Azambuja, Os Carambolas, Irmãos Esferovite e Bandinha da Filarmónica de Aveiras de Cima. Outro ingrediente que não pode faltar numa festa de vinho de tradições ribatejanas é o fado, e ele lá andou de adega em adega… já a noite de sexta entrava sábado dentro!

As tradições do trabalho da vinha e todo o ciclo do vinho voltaram a ser reavivados num grande desfile etnográfico na tarde de sábado. Com a habitual colaboração dos ranchos folclóricos do concelho, do jardim de infância e centro de dia de Aveiras de Cima e de vários grupos informais da freguesia, este cortejo atrai largas centenas de populares às ruas e proporciona uma viagem no tempo à (re)descoberta de tarefas, ferramentas e profissões – algumas já quase extintas – ligadas ao processo de produção de vinho.

Os costumes de outros tempos ainda voltaram a animar esta Avinho, na tarde de domingo, com a realização de um mercado à moda antiga. O Largo da República encheu-se de bancas com diversos produtos, desde frutas e legumes, a doces diversos e até roupas. Trajados à época e entoando pregões típicos de feira, membros do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Aveiras de Cima e alguns habitantes locais contribuiram para estes 3 dias de festa com o recordar de mais uma tradição.

A tarde de domingo marcou, por outro lado, o momento protocolar mais sentido do evento. Por iniciativa da Associação Vila Museu do Vinho, a que o Município de Azambuja se associou, foi prestada uma homenagem a título póstumo ao Engº Armando Silvestre, fundador da casa Agro-Batoréu, uma empresa vitivinícola que se mantém familiar mas que se tem modernizado e tem crescido, assumindo-se como um dos grandes produtores e exportadores de vinhos do Concelho de Azambuja. Ficou sublinhado na cerimónia que o homenageado foi sempre um amigo para todas as instituições e a comunidade de Aveiras de Cima, e colaborou desde a primeira hora com o projeto “Avinho”.

O brinde final da festa coincidiu, novamente, com duas entregas de prémios. Primeiro, do XXXI Concurso de Vinhos do Município de Azambuja. Vitória nos vinhos brancos para a Sociedade Agrícola de Vale Fornos, e nos tintos para José Luis Torres dos Santos. Depois, os prémios da estreia do concurso de fotografia “Vinharte” que teve como vencedora Cristiana Teixeira. Por fim, refira-se que a mascote da festa – a famosa caneca de barro que dá acesso à prova gratuita dos vinhos das 15 adegas participantes – voltou a esgotar antes do final do evento o que é mais uma prova do seu sucesso.

Até para o ano, na AVINHO 2014!

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